
Peixes é o signo do misticismo e da fé e os piscianos aspiram a uma outra realidade, mais transcendental e longe da realidade. O Pisciano quer ver o mundo perfeito, e por esta razão ele tenta apagar o sofrimento humano da face da terra, seja com a dedicação, seja com o escapismo (quando ele não suporta ver tanta miséria!). Peixes é extremamente tolerante com os outros, porque ele consegue ver além das aparências e então busca ver, no outro ser, somente o seu melhor lado.
Muitas vezes o pisciano é acusado de ser passivo e de não reagir mesmo às mais terríveis ofensas. Na realidade, ele compreende a alma humana como nenhum outro, e sabe que a ambição frenética, a ambição pelo poder, a cobiça, a avidez não trazem a felicidade. Por esta razão ele é tolerante com os outros: as suas motivações são mais interiores e as coisas terrenas não são tão importantes para ele. Ele tem o segredo do inconsciente e possui a chave para abrir todos os mistérios da natureza humana. Neste signo são resumidos todos os sofrimentos da humanidade, todos os seus anseios, todas as suas desilusões e ele anseia pelo verdadeiro amor universal.
Aí está porque o signo de Peixes é tão devotado e se sacrifica tanto pelo outro ser. A chave para compreendê-lo é a palavra "Compaixão". Ele possui uma grande compreensão daquele mistério que diz que ‘dentro de cada homem há um Deus’. Ele compreende o significado do princípio hermético "Deus é mente, o Universo é mental". Ele faz parte da Mente Divina. Ele vê em cada ser humano a pequena parcela Divina que ali reside e por esta razão ele perdoa, perdoa sempre.
A pisciana é uma bruxa nata, e ela poderá até brincar com o seu lado ‘ruim’, especialmente se ela for tratada mal. Mas nunca será vingativa. Ela simplesmente fugirá nas profundezas do mar azul....
**ARTE E SIMBOLISMO...
(poesia para peixes)
É preciso não esquecer nada
Cecília Meireles
É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.