sexta-feira, 1 de maio de 2009

Mãe


Dizem que reconhecemos nossa mãe primeiramente pelo cheiro, depois pela fisionomia, e mais adiante pela voz. Tudo isso ainda do berço, pois quando já temos autonomia para brincar com nossos amiguinhos da rua costumamos reconhecer nossa mãe pelos gritos que ela dá da janela. Mais tarde quando a autonomia nos leva um pouquinho mais longe, ela é reconhecida pelo toque do celular que escolhemos especialmente para o número dela. Tem uam fase da adolescência em que as mães estão sempre à nossa procura. Isso é engraçado, porque durante o primeiro período da infância somos nós que estamos constantemente à procura dela. Será que quando bebês nós também somos reconhecidos pelo cheiro, pela fisionomia e pela voz? Bom, pelo cheiro com certeza, especialmente quando a hora de trocar a fralda se aproxima. Pela fisionomia qualquer mãe garante que conhece seu bebê, sem titubear, dentre milhares de outros rostinhos. Sorte nossa porque durante uns bons três meses o resto da família acha que temos cara de joelho. Já pela voz, o reconhecimento por parte das mamães é de precisão refinada: ainda que se chore de forma aparentemente idêntica , elas juram saber exatamente o choro da fome, do sono, do xixi na fralda, e inclusive o choro do tédio. Dito e feito. Do outro lado da casa, ao ouvir um berreiro, elas são capazes de sentenciar: “é manha...”. Pronto. Fomos descobertos.Qual será o castigo? Um coelinho bem gostoso, é óbvio! Ah, essas mães! Elas estragam a gente.
Mas a contrapartida deste amor desmedido sempre vem. Certas mãe nos obrigam a levar ‘um casaquinho’ porque vai esfriar, tem sempre as distraídas que trocam os nomes das namoradas do filho sem querer (ã-hãn...eu acredito), e todas acham o máximo mostrar o nosso álbum do bebê onde a gente aparece sem os dentes da frente ou sem as roupas de trás. Mas que é louco de se queixar? Elas têm muito crédito na praça...
No próximo dia 10 sugiro que a gente dêo o troco a todos esses excessos. Presentes excessivamente lindos, beijos excessivamente estralados e abraços excessivamente apertados, tudo durante uma visita excessivamente longa. Mostrar que reconhecimento é a nossa especialidade por tudo que esse amor indecifrável produz de bom dentro de nós.
FELIZ DIA DAS MÃES

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