sábado, 26 de maio de 2007

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ORGANIZAR E DESORGANIZAR

Apenas para começar....
No fim dos anos 60, um homem cujo nome era Abelardo Barbosa, decidiu fazer uma tranmissão na qual, no lugar da gravata, que todos os outros apresentadores usavam, vestia-se cada vez de uma forma diferente, uma mais excêntrica que a outra. Em vez de uzar uma linguagem formal, utilizava uma liguagem completamente informal e tinha capacidade de criar e transformar em palavras de uso comum expressões que ninguém imaginava que fosse possível usar na televisão. Foi o primeiro a falar de lésbicas, usando o eufemismo "sapatão" para indicar mulheres que usam sapatos grandes. Inventava canões e jogos, recebia artistas amadores e àqueles com capacidade dizia que teriam futuro, aos outros tocava um buzina. Esse homem criou expressões fantásticas como "Quem não se comunica se trombica". Em 1981, a transmissão já atingia 70 por cento da audiência. Abelardo apezar de aparentar desordem em seu programa, pois ele brincava, gozava as pessoas, distribuía comida e jogava objetos ao público, gostava de tudo organizado. Antes de começar o programa, queria que tudo estivesse em ordem, organizado, de maneira que, quando entrasse em cena, pudesse desorganizá-lo.


εïз..εïз.A ERA DAS INCERTEZAS

Nova York, 11 de setembro de 2001. Nunca se imaginou que, usando materiais primitivos como canivetes, canetas, facas quebradas, junto com a tecnologia comercial mais sofisticada, poder-se-ia criar um elemento tão desorientador como um homem-bomba. Os homens-bomba são representantes de grupos com uma filosofia peculiar e têm acabado com uma série de certezas da sociedade capitalista ocidental. Fizeram os maericanos perceber que poderiam ser invadidos com uma faca quebrada.
A novidade nessa desorientação estética, geográfica, política etc.é que as características do neoliberalismo americano e a sua idéia de invinerabilidadecriaram sua fraqueza. O que foi destruído naquele dia? As torres, que eram um símbolo. Mas aquilo que, na realidade, foi destruído foi o paradigma do que é belo e do que é feio: as sacolas com a assinatura 'Armani', o design, a 'Wallpaper magazine', o mecenatismo. Esse evento gerou um novo modo de pensar. O tempo não se circunscreve masi como livre ou ocioso, mas se move me outra velocidade, parecendo parado. A ponto de não poder ser medido, tornando-se antitempo, antimatéria, com sentido e sem sentido. O tempo dos supersônicos se fundiu com o tempo das cavernas.
O cantor e compositor brasileiro Tom Zé escreveu que nao vivemos mais no tempo da globalização, mas aquele da "globarbarização". Porque é o tempo das cavernas supersônicas, como aquela de Bin Laden, dotada de alta tecnologia, enquanto 5 ou 6 mil ex yuppies e parentes das vítimas dos ataques as World Trade Center agoraquere viver em Nova York, em cavernas que no interior sejam apartamentos de luxo e no exterior açogues.Essa é uma mudança na estética.
Algo parecido aconteceu, por sorte sem tragédias, em 1922, no Brasil. A Semana da Arte Moderna instituída por alguns artistas, produziu a antropofagia cultural e produziu uma espécie de Bin Laden brasileiro chamado Macunaíba, o herói se caráter. Aqui volta Chacrinha, o apresentador Abelardo Barbosa, que dizia: "Aquilo que não é organizado, não pode desorganizar".

[[saudações para Washington Olivetto]]³

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